Todo processo produtivo tem seu maquinário sujeito a falhas, que fogem a qualquer padrão de manufatura e geram tanto inconvenientes no produto e no ferramental quanto na perda de tempo, caso a manutenção não seja devidamente executada. Diante desses eventos, o primeiro passo para o sucesso na manutenção é sem dúvidas detectar os problemas. Você sabe localizar e apontar falhas nas máquinas?

Conhecer ao máximo o funcionamento das máquinas

Quanto mais você e sua equipe souberem sobre o funcionamento teórico e prático de cada máquina, maiores as chances de isolar e localizar uma ocorrência de falha. Ler os manuais, receber treinamentos dos fabricantes e disseminar o conhecimento adquirido por meio de treinamentos internos são algumas das maneiras de se construir e preservar uma memória técnica, com informações que podem ser muito úteis na hora de identificar um problema.

Ter conhecimento prévio de maquinário parecido também conta bastante. Conseguir relacionar uma falha em experiências de processos anteriores àquela que acaba de acontecer pode levar a buscas precisas nos subsistemas de um equipamento, e assim você pode tratar o que estiver errado o quanto antes.

Dialogar com os operadores

Dificilmente pessoas em qualquer outra posição terão mais experiência de contato com as máquinas que aqueles que as operam diariamente. Conforme já pontuamos, o conhecimento — tanto teórico como prático — é fundamental para a identificação de falhas nas máquinas. Então, nada mais sensato do que ouvir sobre o comportamento delas nas palavras de quem as acompanha. Os operadores, pela proximidade com o processo, devem ser procurados para relatar aspectos tanto da normalidade quanto do que há de diferente no funcionamento das máquinas.

Recorrer aos fluxogramas e diagramas

Os fluxogramas devem ser mantidos próximos a cada máquina para acesso e referência, enquanto diagramas, esquemas elétricos e de montagem devem estar junto aos quadros e painéis de comando. Todos eles funcionam como ótimos guias enquanto você analisa os componentes, suas ligações e conexões, avaliando o estado de cada item.

Fazer relatórios de falhas das máquinas

Uma vez identificada a causa do problema, o ideal, naturalmente, é evitar que ele se repita. Se isso não for possível, ainda é muito importante conseguir repetir os procedimentos feitos para corrigi-lo ainda mais rapidamente caso algo similar aconteça no futuro. Você consegue poupar tempo, perdas do processo e desgaste da equipe de manutenção, mas pra isso precisa divulgar os resultados, fazer com que a experiência adquirida se espalhe e se solidifique, e assim contribuir para o processo de identificação de falhas.

Levantar o histórico de falhas

Essa etapa pode ser vista como uma das primeiras, senão a primeira, a ser seguida quando houver uma ocorrência de falha. Mas ela só passa a existir depois da elaboração dos relatórios de falhas, compondo um histórico para cada máquina.

Essas informações, colocadas de forma clara, indicando causas e efeitos em cada caso já registrado, não ajudam a detectar somente problemas de origem igual: é possível mapear o comportamento de uma máquina com seu histórico; visualizar, com isso, as possibilidades de um componente que não havia acusado nenhum inconveniente acabar falhando; e assim ter uma causa nova identificada com a ajuda dos relatórios passados.

Todas as equipes envolvidas devem entender a importância de se rastrear, registrar e organizar cada falha. Com esses registros em mãos, então, é importante aprender o máximo possível e, por fim, estabelecer canais de comunicação para que esse conhecimento circule. Isso aumenta as chances de resolver mais rapidamente as falhas nas máquinas e evitar problemas que, por menores que sejam, às vezes representam prejuízos enormes, parando a produção e comprometendo qualidade e custos.

É sabido que para a indústria é imprescindível o ótimo funcionamento do maquinário para seu ciclo produtivo. Porém, nenhuma máquina tem vida útil infinita e, por isso, é esperado que apresente algum tipo de falha ao longo de seu funcionamento.

Os chefes de manutenção sabem muito bem o quão danoso é para a companhia uma máquina que tenha uma quebra parcial ou integral, mas muitas vezes toda a atividade da fábrica é interrompida por falta de atenção aos detalhes que identificam problemas em máquinas. Para evitar transtornos em suas atividades, preparamos o post, com 5 passos para identificar problemas em máquinas muito mais rapidamente. Acompanhe:

1. Identifique erros de projeto ou especificação

Deve-se, primeiramente, identificar se o projeto do maquinário foi bem elaborado. Ao visualizar erros nessa etapa, é possível prever as atuais e futuras falhas das máquinas. As origens de erro de especificação estão nos seguintes fatores: dimensões, rotações, tratamento térmico, marchas, acabamentos superficiais, desenhos e dimensionamentos errados, e ajustes, entre outros.

Com esse cuidado, evitam-se problemas como trincas, corrosão, falhas nos contatos, dentre outros que podem estar relacionados à fabricação dos equipamentos.

2. Procure por falhas de fabricação

Muitas vezes os aparelhos das fábricas não funcionam como deveriam por falhas em sua fabricação. Aqui aparecem as trincas, as folgas exageradas ou insuficientes, problemas de empeno e exposição de peças a tensões que não foram previstas no projeto.

Logo, é preciso verificar antes de colocar a máquina para funcionar se ela está com algum tipo de defeito e analisar como será feita a instalação, para evitar transtornos futuros.

3. Veja como foi instalada a máquina

Uma forma de descobrir falhas é saber se a instalação da máquina está adequada. Um calço mal inserido, por exemplo, apresenta desalinhamento do eixo do motor. As principais causas desse desalinhamento podem ser: corrosão da parte estrutural da base do motor, problemas na fundação, desbalanceamento do rotor do motor — ou seja, no local de assentamento da máquina, que pode estar impróprio ou sujeito a vibrações —, trincas e sobrecargas.

Se, mesmo com a instalação adequada da máquina, ela ainda apresentar falhas, melhor checar como está sendo feita a manutenção.

4. Verifique a política de manutenção

A manutenção é fundamental para o ótimo funcionamento da máquina. É ela que permite aplicar técnicas para evitar algum tipo de dano.

Uma má manutenção remete à perda de ajustes e da eficiência do maquinário, devido a fatores como sujeira; falta de lubrificação, seja ela constante ou momentânea; lubrificação indevida, gerando ruptura do filme ou sua decomposição; superaquecimento da máquina pela pouca viscosidade do lubrificante; falta de reapertos; falhas ao realizar controle de vibrações e abusos de técnicas inadequadas, conhecidas como gambiarras.

5. Fique de olho em operação imprópria

A operação imprópria trata-se de quando uma máquina é usada de forma inadequada pela equipe de colaboradores por ela responsável. Nessa situação, as vibrações, os choques e a sobrecarga rompem o componente mais fraco da máquina. Com isso, danos são provocados em peças ou componentes da máquina.

Como existem muitas causas possíveis de problemas em máquinas, é importante ficar atento quanto à prática de manutenção preditiva.

Utilize a manutenção preditiva

Já reparou que todas as causas aqui identificadas estão relacionadas a uma manutenção preditiva inadequada? Com o mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, deve-se ter o máximo conhecimento sobre os equipamentos para melhorar as atividades da fábrica.

A manutenção preditiva ou detectiva usa técnicas para prever quando a peça ou componente da máquina irão apresentar falhas. Além de prevenção, ela prolonga a vida útil do aparelho, identificando a natureza das falhas e estabelecendo quais são os elementos críticos do sistema.

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